Depois de acolher o circuito regional de vólei de praia, no passado fim-de-semana, prova ganha pelas duplas moçambicanas, a vila municipal de Vilankulo diz-se pronta para acolher a fase zonal de qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Tanto a Federação Moçambicana de Voleibol como o Conselho Municipal de Vilankulo apresentaram esse desejo, como forma de engrandecer o nome do país e prover o turismo local.
A disputa da segunda etapa do segundo circuito regional de vólei de praia, na Arena de Vilankulo, Inhambane, abriu portas para mais uma prova internacional do vólei das areias.
É que a Federação Moçambicana de Voleibol aventa a possibilidade de concorrer para sediar a fase de qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 naquele ponto do país, como forma de aproveitar, não só o apoio do público, mas o conhecimento que os atletas nacionais tem das temperaturas, para além de que poderia entrar com mais atletas nesta disputa.
A Federação Moçambicana da modalidade assume o desejo de acolher a prova qualificativa para a região austral de África, que vai decorrer em Novembro, até porque o sucesso da segunda etapa do segundo circuito, realizado no fim-de-semana passado naquele ponto do país, permite.
“Estou muito feliz, primeiro, por ter feito história ao tirar o voleibol de praia da nossa catedral em Maputo para Vilankulo, o que aconteceu pela primeira vez, e pelos resultados, que foram muito satisfatórios”, começou por dizer Mohamed Valá, presidente da Federação Moçambicana de Voleibol.
Valá acrescentou ainda que “vimos as valências existentes e o que podemos melhorar, visto que é nosso desejo que a nossa cidade acolha a qualificação zonal para os Jogos Olímpicos de Paris em Novembro. É já um dado adquirido que será em Vilankulo”.
Esta foi a segunda vez em que Vilankulo acolheu uma competição internacional de provas disputadas nas areias, depois de ter sido a sede do Campeonato Africano das Nações de Futebol de Praia, em Setembro do ano passado.
De acordo com William Tuzine, presidente do Conselho Municipal de Vilankulo, a prova ora terminada do regional de vólei de praia foi um sucesso, não só em termos de resultados, mas também de organização, o que satisfaz. “Tivemos este desafio de acolher o Circuito da Zona VI e a prova correu muito bem. Tivemos o presente de ver Moçambique a ser campeão da prova e a ocupar os três lugares do pódio nos masculinos. Este é um feito de salutar e, para nós, tem um sabor ainda mais especial por ter acontecido nesta urbe”, disse Tuzine.
Por isso, o governo municipal mostra-se confiante em mais provas de gabarito para a vila, mostrando-se aberto a acolher mais competições. “Queremos continuar a receber mais competições. Em Novembro, teremos, a princípio, mais uma prova de voleibol de praia e até lá vamos criar melhores condições para que a cidade receba mais eventos internacionais”, disse o presidente do Conselho Municipal de Vilankulo.
Recorde-se que o empreendimento foi erguido pela Federação Moçambicana de Futebol, com apoios dos governos central, provincial e municipal, bem como de parceiros, para acolher o CAN de Futebol de Praia, prova ganha pelo Senegal, com Moçambique a terminar em quarto lugar.
O principal objectivo na realização de eventos em Vilankulo é, em parte, promover o turismo local além-fronteiras.
MOÇAMBIQUE PARTICIPA NOS “NACIONAIS” DE ESWATINI COM 15 ATLETAS
Atletas moçambicanos voltam a disputar provas internacionais em atletismo, depois de terem estado nos Campeonatos Africanos de sub-18 e sub-20, na Zâmbia. Desta vez, vão tomar parte dos campeonatos nacionais de atletismo no vizinho eSwatini, levando um total de 15 atletas, de diferentes especialidades.
De acordo com a nota da Federação Moçambicana de Atletismo, esta participação é em resposta a um convite formulado pela congénere daquele país vizinho, que pretende ver reforçados os laços desportivos com o nosso país, através do atletismo.
“Com este evento, a FMA pretende melhorar as performances dos atletas, com vista à qualificação para Campeonatos Mundiais de Juniores, Jogos Africanos e Jogos Olímpicos”, referenciou a nota da Federação Moçambicana de Atletismo na sua página das redes sociais.
Para as provas internacionais em alusão, o organismo que gere o atletismo pretende chegar com o maior número de atletas para poder lutar pelas medalhas, nas várias especialidades.
A delegação moçambicana parte esta sexta-feira e é composta por cerca de 25 elementos, sendo chefiada pelo presidente da Associação Provincial de Atletismo de Niassa, Luís Jone, integrando ainda treinadores e 15 atletas, dos quais dez para provas de masculinos e os restantes cinco para provas de femininos.
Assim, para as provas masculinas, a Federação Moçambicana de Atletismo leva para eSwatini os seguintes atletas: Anésio Pereira (100m), Domingos Nazareno (5000m e 10000m), Alex Macuácua (1500m), Alcino Hulahe (100m), Edson Francisco Deve (200m), Badrudino Come (200m), Elves Fumo (200m), Nelson Victorino (400m), Barroso Pereira (lançamento de dardo) e Marcos Sábado Tembe (salto em altura).
Para provas de femininos, seguem para o país vizinho as atletas Amélia Pinga (triplo salto), Rita Muchate (400m), Cecília Guambe (100mb e 400mb), Elizabeth Guambe (400m) e Ana Faz Bem (100m), que têm a missão de se preparar para as provas internacionais, mas também melhorar a sua performance e, se possível, conquistar medalhas para o país.
De recordar que, na sua última participação em provas internacionais, Moçambique esteve representado por 14 atletas nos Africanos de sub-18 e sub-20, na Zâmbia, onde conquistou uma medalha de prata.
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