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19 março, 2023

Azagaia (cantor) || Revista






Azagaia
Informação geral
Nome completoEdson Amândio Maria Lopes da Luz
Também conhecido(a) comoMano Azagaia
Nascimento6 de maio de 1984
Local de nascimentoNamaachaMaputo
Moçambique
Morte9 de março de 2023 (38 anos)
Local de morteKhongoloteMaputo Moçambique
NacionalidadeMoçambicano
Género(s)RapHip hop
Ocupação(ões)Rapper
Instrumento(s)Vocal
Período em atividade2006 - 2023
Editora(s)Cotonete Records
Afiliação(ões)ValeteDama do BlingRas HaitrmStewart SukumaJúlia Duarte

Edson da Luz (Namaacha6 de maio de 1984 – 9 de março de 2023), mais conhecido pelo nome artístico Azagaia, foi um cantor de hip-hop moçambicano, conhecido pela sua música de intervenção social.

Biografia

Azagaia (nome tirado de uma espécie de lança curta) nasceu em 6 de maio de 1984 na Namaacha, localidade da província de Maputo, perto da fronteira de Moçambique com a Suazilândia. É filho de uma comerciante moçambicana e de um professor cabo-verdiano. Aos 10 anos de idade foi morar para a capital, Maputo, onde viria a concluir o ensino médio e ingressou na universidade, tendo passado pelas camadas de formação de basquetebol do Desportivo de Maputo.[1][2][3]

Iniciou a carreira musical com 13 anos, integrando o grupo Dinastia Bantu, com MC Escudo, onde chegaria a lançar, em 2005, o álbum Siavuma.[1][2][3]

Em 10 de Novembro de 2007 Azagaia editou o seu primeiro álbum a solo, Babalaze (que significa "ressaca" na língua changana), pela editora Cotonete Records. O lançamento tornou-se um recorde de vendas no dia de estreia.[3] A álbum contou com as participações de Terry, em "Eu Não Paro" e de Valete em "Alternativos"[4] Este trabalho contém um tom crítico contra o governo moçambicano, o que terá levado a que algumas faixas não fossem transmitidas pelos canais públicos.[1][5] Pela polémica destacou-se o tema "As Mentiras da Verdade”.[1][3][6] Também se destacou a música "A Marcha", que bateu recordes de vendas.[6]

Fazendo a sua retrospetiva dos principais acontecimentos em Moçambique, Azagaia lançou "Obrigado Pai Natal", em 2007, e "Obrigado de Novo Pai Natal", em 2008.[3][6]

Depois da revolta popular de 05 de Fevereiro de 2008, em Maputo,[7] Azagaia apresentou o tema "Povo no Poder", que lhe valeu uma intimação para se apresentar na Procuradoria-Geral da República, suspeito de "atentar contra a segurança do Estado".[2][3][8][9] A música voltaria a ser lembrada na revolta popular de 1 e 2 de setembro de 2010.[9]

Em 2009, lançou o tem "Combatentes da Fortuna", que dizia ser inspirado na crise do Zimbábue e que, apesar de ter sido censurado, foi dado como o videoclipe mais visto da história do rap moçambicano.[1][3]

No ano de 2010 lançou a música "Arriiii", versando sobre um escândalo de tráfico de drogas em Moçambique, casos de fuga ao fisco e assassinatos.[3][6]

Em 2011 Azagaia foi preso, na companhia do seu produtor Miguel Sherba, por ter sido encontrado na sua posse um cigarro de soruma[10] (4 gramas).[1][8]

Após uma produção de três anos, Azagaia lançou em 2013 o segundo álbum de originais, Cubaliwa (significa "nascimento", em língua sena) pela editora Kongoloti Records. O lançamento ocorreu a 09 de novembro, na Associação de Escritores Moçambicanos, em Maputo, contando-se entre os temas destacados o single "Homem Bomba" ou o tema de apresentação lançado em outubro "ABC do Preconceito". Como convidados neste álbum encontram-se nomes como Stewart SukumaDama do Bling, a Banda Likuti, Ras HaitrmJúlia Duarte ou o rapper angolano MCK.[5][11] O álbum chegou a ser apresentado com o nome de "Aza-leaks" em 2011, por alturas da apresentação do tema "A Minha Geração".[8]

Cubaliwa deu origem a uma digressão denominada Bem-vindos ao Cubaliwa em que Azagaia se apresentou com a banda Os Cortadores de Lenha.[12]

O consumo de estupefacientes voltou a surgir em junho 2014 quando, numa entrevista ao programa Atracções da TV Miramar em que confirmou que tinha sido detido novamente por posse de droga e justificando que o seu consumo da canábis se devia a suposta recomendação médica, dado padecer de epilepsia, Azagaia preparou em directo e acendeu o que o próprio disse ser suruma.[2][13][14]

Poucos dias depois, num texto apresentado no Facebook em 15 de junho de 2014, Azagaia anunciou que, por temor pela sua vida, abandonaria a carreira musical e passaria a viver na Namaacha, sua terra natal.[13]

Algumas semanas depois, Azagaia revelou que estava com um tumor cerebral e iniciou uma campanha de arrecadação de fundos pela Internet. O projeto “Help Azagaia” serviria para reunir mais de 790 mil meticais (o equivalente a aproximadamente 20 mil euros) para custear a cirurgia de retirada do tumor, realizada na Índia a 18 de outubro.[1][15]

Após ano e meio de afastamento dos palcos, Azagaia voltou a atuar, apresentando-se num concerto na discoteca Coconuts em Maputo, em maio de 2016.[16]

Morte

Segundo fontes familiares, Azagaia morreu de epilepsia no dia 9 de março de 2023, ao final da tarde, quando se encontrava a repousar na sua residência. [17] 

 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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